15/07/2009

Planos...

Quando soube que estava grávida pensei muito sobre o que fazer. Tomei uma decisão e segui em frente mas os primeiros 3 meses não foram muito felizes. Seja pelas alterações hormonais, seja porque de repente me senti diferente de todas aquelas pessoas jovens que faziam parte da minha vida estudantil em Coimbra. Tive alguns acidentes de percurso no meu curso e no ano em que finalmente voltei a "apanhar o comboio" (como eu costumo dizer), de repente as coisas mudaram. E os meus planos de estágio para o ano, as viagens com os amigos, os interrails, as noites com as amigas... Tudo isso me pareceu atropelado. E se eu dissesse que estive feliz nesses tempos estaria a mentir. Sair com os amigos passou a ser deprimente. Eu era um deles, aqueles de sempre do café e das noites de televisão ou até de bebedeira. Mas ao mesmo tempo já não era. Era diferente e sentia uma responsabilidade que eles ainda não sentem. Não sei se era suposto verbalizar tudo isto, acho que as pessoas achavam estranho eu não ser a "grávida feliz" que se espera ver.


Depois, com o tempo a passar, relativizei as coisas. Afinal eu ia ter um filho/a que ia ser motivo de felicidade e não ia deixar de ter amigos ou viver por causa disso. Ia ser diferente. Descobri que podia estagiar mesmo assim, que começaria mais tarde por causa do bebé nascer em novembro e que além disso poderia ir para os Açores (lá onde está o meu namorado, a minha irmã, os meus sobrinhos, cunhado, tios). Isso eram boas noticias! Além de que eu desde que a minha irmã foi para os Açores sonho em ir para lá para perto dela, portanto, estou prestes a realizar isso. Não da maneira que eu quis, é verdade, mas quem sabe se não de uma maneira melhor ainda :)


Estava tudo a correr bem, apesar do esforço para acabar os trabalhos e exames com o cansaço que sentia até que.. tosse.. tosse e mais tosse.. A infecção pulmonar fez-me passar um dia de um exame que teria de fazer para poder estagiar no hospital (e oops, os planos parecem atropelados outra vez). Estou cansada, ainda com tosse mas vou tentar que me marquem o exame para uma outra data. Tentar não custa. O positivo foi descobrir um novo amor pela minha filha, uma sensação de aflição de pensar que lhe podia acontecer alguma coisa, a mãe a despertar em mim suponho!Isto tudo porque senti muito este ano que os nossos planos são muitas vezes atropelados. Às vezes é dificil aceitar mudá-los. Mas, por vezes, uma mudança de planos pode até ser o que a nossa vida precisa.



"The thing about plans is they don't take into account the unexpected. So when we're thrown a curve ball, we have to improvise. Of course, some of us are better at it than others. Some of us have to move on to plan B and make the best of it. And sometimes what we want is exactly what we need, but sometimes what we need is a new plan."

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